sexta-feira, 4 de julho de 2008

MEDINDO A FREQÜÊNCIA CARDÍACA

Para esta atividade, bastam um cronômetro (ou um relógico que marque os segundos), papel e lápis para anotar os resultados das medições Peça aos estudantes que formem duplas, nas quais inicialmente um deles faz o papel de “paciente” e o outro realiza as medidas e anotações. Em seguida esses papéis devem inverter-se.Comece pelas medidas da freqüência cardíaca durante o repouso. O estudante que faz o papel de paciente deve permanecer sentado ou deitado, de olhos fechados e respirando tranqüilamente. O estudante que faz as medidas deve localizar o “pulso” em uma das artérias do braço ou do pescoço e contar o número de batimentos durante um minuto. Em seguida, deve-se contar o número de batimentos durante 10 ou 15 segundos, multiplicando-se o valor por seis ou por quatro, respectivamente. Peça aos estudantes que comparem essas duas medidas. Embora a contagem durante um minuto inteiro seja mais precisa, as medidas abreviadas têm a vantagem de ser mais rápidas. Depois de registrar a freqüência cardíaca durante o repouso, pode-se medi-la após um exercício físico (tal como correr, andar depressa, subir escadas, etc). Nesses casos, em que a freqüência tem de ser medida rapidamente, sugira aos estudantes que usem a técnica de contar os batimentos durante 10 ou 15 segundos, multiplicando os valores por seis ou por 4 para obter o valor em 1 minuto. Peça que eles contém o número de batimentos imediatamente depois do exercício, contando novamente a cada minuto, durante 5 minutos. A freqüência cardíaca, que aumenta muito durante o exercício, cai rapidamente ao longo do repouso subseqüente. Se for o caso, pode-se elaborar tabelas e gráficos com esses valores.Ajude os estudantes a organizar suas medições. Pode-se, por exemplo, desenhar uma grande tabela no quadro reunindo as medidas de toda a classe, e calculando-se o valor médio de freqüência cardíaca em repouso (os valores após o exercício devem variar muito, devido às diferentes intensidades dos exercícios praticados). Discuta o significado fisiológico da freqüência cardíaca aumentar depois de uma atividade física intensa.OBSERVANDO VÁLVULAS NAS VEIAS DO ANTEBRAÇO:Nesta atividade, o objetivo é constatar a existência de válvulas no interior das veias do braço.Amarre uma faixa de tecido na região do bíceps, que os médicos denominam “garrote”. A função do garrote é bloquear o retorno do sangue ao coração, fazendo com que as veias fiquem intumescidas e bem visíveis sob a pele do antebraço. Esse procedimento é atualmente utilizado para tornar as veias mais evidentes e facilitar a aplicação de injeções. Faça a demonstração em seu próprio braço ou peça a estudantes que têm veias salientes no braço que se apresentem como voluntários. Aplique um garrote leve, feito com uma faixa de tecido ou com uma borracha apropriada. Cuide para que o garrote não fique muito apertado, e também para que a demonstração não se prolongue por muito tempo com a mesma pessoa.Observe nas veias intumescidas sob a pele do antebraço, os nódulos que indicam a existência de válvulas. Aperte a veia com o dedo um pouco abaixo da válvula bloqueando-a completamente. Em seguida, sem soltar o dedo, empurre o sangue da veia para cima, em direção à válvula. A região entre o ponto bloqueado e a válvula ficará vazia de sangue, pois este não pode retornar devido ao fechamento valvular. Solte vagarosamente o ponto bloqueado, e será possível ver o sangue enchendo o trecho da veia antes vazio.EXAMINANDO OSSOS E MÚSCULOS:O objetivo desta atividade é observar ossos, músculos e tendões em uma coxa e sobrecoxa de frango. Esse material é relativamente barato e fácil de ser obtido; além disso, os estudantes podem repetir as observações em casa, usando até mesmo coxas de frango previamente cozidas. Material necessário: coxa e sobrecoxa de frango – papel toalha – tesoura de ponta fina – pinça de ponta dentada (opcional) – cuba (ou bandeja) para dissecação – bisturi (opcional) – faca bem afiada – lente de aumento manual.Compre a coxa/sobrecoxa no comércio, lave em água corrente, enxugue-a bem com papel toalha e coloque na bandeja de dissecação, que pode ser um recipiente de plástico, facilmente encontrado em lojas e supermercados.Oriente os estudantes a examinar a pele, puxando-a levemente com a pinça de modo a sentir sua elasticidade e a frouxa ligação com os tecidos embaixo dela. Corte a pele com a tesoura ao longo da sobrecoxa e da coxa e desprenda-a da musculatura, tomando cuidado para não danificar os músculos.Chame a atenção para a forma dos músculos e mostre os tendões, filamentos brancos e resistentes que prendem os músculos aos ossos. Os fios esbranquiçados que ligam o fêmur (osso da sobrecoxa) à tíbia (osso da coxa) são ligamentos. Lembre aos estudantes que a “coxa” do frango corresponde á nossa perna (abaixo do joelho) e chame a atenção para o músculo gastrocnêmio o mesmo que forma nossa panturrilha (ou “barriga da perna”).Oriente os estudantes a desprender os músculos dos ossos, com o bisturi ou a faca, e chame a atenção para o revestimento cartilaginoso das articulações. Se for possível, use uma lente de aumento para uma observação mais detalhada. Com o bisturi, é possível remover parte do periósteo (a camada que reveste os ossos) e observar sua estrutura flexível e resistente. Com a faca, corte uma das extremidades do fêmur, de modo a observar a estrutura do material ósseo esponjoso e a medula óssea gelatinosa localizada em seu interior. Sugira aos estudantes que façam desenhos do osso cortado, identificando com legendas o periósteo, a medula óssea, a região do osso compacto e a região do osso esponjoso.Após a atividade, cuide para que os estudantes levem bem as mãos e os equipamentos com água e sabão.“DANDO NÓ EM OSSO”O objetivo desta atividade é demonstrar que a rigidez dos ossos deve-se aos sais de cálcio e de fósforo que impregnam a matriz óssea, formada fundamentalmente por fibras de proteína colágeno. Quando os minerais são removidos por um ácido, o osso se torna flexível a pode de poder ser dobrado e mesmo torcido como um nó.Material necessário: fêmur de peru ou de frango – solução de ácido clorídrico a 10% (ou ácido muriático diluído em água na proporção de 1 parte de ácido para 10 partes de água) – luvas de borracha – frasco de vidro 9que caiba o osso) – hidróxido de sódio (soda cáustica).Oriente os estudantes a limpar bem o osso, removendo toda a carne aderida; coloque o osso no frasco de vidro e cubra-o com a solução de ácido clorídrico a 10%.Após 24 ou 48 horas imerso na soluço ácida, retire o osso, escorra-o e mergulhe-o em uma solução obtida pela mistura de 2 colheres de hidróxido de sódio em 1 litro de água, par neutralizar o ácido. Lave o osso em água corrente e observe sua consistência. Se usa um osso suficientemente longo, será possível torcê-lo em um nó. Estimule os estudantes a explicar por que o osso, mesmo desmineralizado, não perde a forma, que se deve á estrutura de fibras do colágeno.PRODUZINDO FÓSSEIS TIPO CONTRAMOLDE EM SALA DE AULAPreencha uma tampa de caixa de sapatos com uma camada de argila (ou de massa de modelar). Coloque conchas ou animais de plástico sobre a superfície da massa e pressione-os com força. Remova as conchas e/ou animais de plástico com cuidado, para não alterar as marcas deixadas na argila. Despeje massa de gesso nas depressões da argila e deixe secar. Retire as peças de gesso, que são os contramoldes dos moldes deixados na argila. Comente que esse tipo de fóssil forma-se quando o molde deixado por um animal ou planta em uma rocha sedimentar é preenchido por minerais de diferentes tipos, formando um contramolde do organismo no interior do segmento. Quando esse é quebrado, o contramolde diferencia-se nitidamente, por sua composição, do material sedimentar, em muitos casos formando um perfeito modelo em rocha do organismo que deixou a marca.

Um comentário:

Marco disse...

Olá Wander!

Essa sua idéia, excelente por sinal, me faz lembrar meu tempo de aluno na educação básica. Numa aula houve uma proposta parecida e os alunos reagiram de forma muito curiosa: eles tinham medo de fazer as vezes de pacientes pois achavam que isso iria atrair doenças para eles, como um mal agouro.
Com isso vemos que boas idéias sempre surgiram mas parece que cada época e realidade cultural precisa preparar-se para recebe-las.