sexta-feira, 4 de julho de 2008

Projeto dos Amiguinhos

IAVM
Curso de Pedagogia
5º Período

Ensino das Ciências Naturais: Fundamentos e Metodologia
Professor: Celso Sanchez

Grupo: Os Amiguinhos da Educação

Componentes:
André Luiz de Almeida Davila
Carlos Eduardo S. de Souza Silva
Glaucia Barcellos
Lúcia Nogueira Bezerra Ribeiro
Luiza Maria Dellatorre Silva
Tereza Renata Vaz Monteiro Dias

Primeira Atividade
Atividade de Ciências (Ensino Fundamental).


A partir de uma experiência simples direcionada a faixa etária do Ensino Fundamental, é possível estabelecer a conexão entre a interdisciplinaridade dos saberes e transdisciplinaridade que fundamentam a construção do ser social, ser ético e principalmente SER HUMANO.

Experiência:

Uma caixa confeccionada pelos alunos de papel oficio (produzida de papel reutilizável, descartado pela própria escola).
Um bico de bunsen, aceso onde se coloca a caixa de papel com um ovo dentro (pode ser utilizado somente com água até que atinja a fervura, podendo fazer um chá, ao fim da experiência).
O ovo cozinhará sem que a caixa de papel queime, por que a clara e a gema do ovo (ou a água) estarão hidratando o papel impedindo que se queime.
Desenvolvimento da abordagem: Observação da realidade e comprovação do fato estudado.
Porque o papel não queima?


Porque o papel está hidratado pela água ou pelo ovo.
Logo tudo o que está hidratado não queima.

Relacionando esta experiência com as queimadas nas florestas, observando à falta de chuva que possibilita o fogo devastar quilômetros de florestas em conseqüência de o aquecimento global modificar o clima e alterar as condições climáticas que mantêm o solo úmido, logo as plantas não são hidratadas e sem estão passíveis de pegar fogo em extensões devastadoras.
Nesta relação estabelecer semelhanças e diferenças entre os ambientes com boas condições climáticas e com alterações climáticas.
Onde o homem pode sobreviver com dignidade e como esta condição essencial ao ser humano se altera. Quem é o responsável por esta alteração?
Propor um debate onde se conclua com uma carta aberta, comunicando a comunidade mais próxima (pode ser a escola, o bairro ou outra instituição) as decisões resultantes desta reflexão.
Interdisciplinaridade:
Geografia:
Trabalhar com mapas, identificando os locais onde acontece o maior nº de queimadas no País. Observar que o ciclo das chuvas não consegue romper com o processo de desertificação em algumas áreas do mapa.
História:
Identificar os fatos históricos que se apresentou nesta região que possivelmente estão por traz do fato de as matas estarem em processo de desertificação, em função do cultivo indevido ou da estratificação sem limites de algumas áreas.
Matemática:
Contabilizar o tempo provável em que cada área devastada pelo fogo levará para restabelecer o ciclo necessário para sobrevivermos respirando.
Português:
Produção de textos sobre o assunto com foco narrativo determinado, tipo: Irônico, poético, livre e literário.


Transversalidade
Ambiente: relacionar a experiência do fogo com a água e a hidratação entre as partes, com a necessidade de se cuidar do meio Ambiente, onde somos co-responsáveis e sujeitos da agressão que lesa a natureza de seu pleno funcionamento, causando modificação de sua funcionabilidade e harmonia entre a mesma e o Homem.
* Propor sugestão de atitude em relação ao fato.
O que eu posso fazer: Sozinho...
Com o outro...
Com minha comunidade...

Ser humano e saúde e Recursos tecnológicos: Pesquisar sobre a quantidade de água necessária para manter o funcionamento do corpo humano, e promover a construção de um blog, para informar aos internautas, o resultado desta pesquisa, direcionando a mesma para o público infanto-juvenil (linguagem e imagem adequadas ao público alvo).

Esta atividade não necessita de utilização de um eixo temático local, por tratar-se de um discurso globalizado na atualidade.


Segunda Atividade
Relógio de sol!!!
O Sol é uma estrela, uma bola de gás muito quente que nos dá o calor e a luz necessários à vida.
Esta é a imagem do Sol, fotografada do espaço. Como vês, é uma enorme bola de fogo que lança as suas chamas pelo espaço, iluminando e aquecendo a Terra.
No Verão, o Sol sobe mais alto no céu e os dias são mais longos que as noites. No Inverno o Sol não sobe tanto, há menos horas de luz e por isso está mais frio.
Quando o Sol está mais alto no céu atinge-se o meio do dia. Podes saber quando é o meio do dia através das sombras. Olha para as sombras das árvores ou dos edifícios quando vais de manhã para a escola: as sombras são longas pela manhã; ao meio do dia, as sombras são menores e, pela tarde, são outra vez maiores.

Experimentando
· Sozinho ou com amigos marcamos um ponto no chão, onde poderemos fazer riscos. O ideal seria no pátio da escola. Coloca-se de pé sobre a marca e pede a um amigo que risque com giz o fim da tua sombra. Volta à marca de meia em meia hora ou de hora a hora, marcando com o giz o fim da sombra.O comprimento da tua sombra e a direção da mesma, variam ao longo do dia.Ao meio do dia a sombra vai ser mais curta, e ao princípio ou ao fim do dia a sombra vai ser mais longa.
· Agora podemos traçar uma linha que passe pelos vários pontos que marcamos. Voltaremos a ficar na marca central voltada para o ponto sobre a linha que está mais perto de nós. Nesse momento estaremos virados para o Pólo Norte da Terra. Verificaremos com a bússola se for possível.
Exercício:
Agora traçar no chão a rosa-dos-ventos com os pontos cardeais!
Podemos inclusive ousar em comentar sobre as diferenças do horário de verão e suas competências de economizar energia, no item temas transversais do PCN.Horários de higiene para o eixo temático de ciências corpo e saúde, os astros e até falar das estrelas com atividade de desenhar os astros.Interpretação de textos na aula de portugues, explorando a fase do "era uma vez com a possibilidade de a criança colocar horário em suas histórias.Na matemática poderá interpretar senso de direção, direita e esquerda a partir do giro do corpo e registrar o que é sentido horário e porque, já que encontramos esta referencia de direção por toda a vida.Propor uma atividade de pesquisa para saber se todos os relógios são redondos e sendo iguais e ou diferentes, se isto altera a hora marcada.Iniciar nossos pequenos no universo dos versos e prosas da lingua portuguesa.Iniciar uma linha do tempo em que eles possam todo mês acompanhar a mudança de tempo e temperatura “lincando” com o tempo marcado no relógio que conta os dias e os meses e os anos. Como evoluem as plantas e os animais e as pessoas conscientizando assim o ciclo da vida, orientando para entenderem em que ciclo estão.

Terceira Atividade
Happy Feet – O Pingüim
Desenho
EUA/2006
Diretor: George Miller
Warner Home Video

O dom de cantar é o que se espera de todo pingüim que acaba de chegar ao mundo. Mano, no entanto é diferente. Nascido com os pés agitados seu talento é dançar. O tempo passa e ele cresce sem se encaixar em nenhum grupo de amigos nem conquistar sua amada Glória, afinal não tem uma voz afinada. Isolado dos outros animais da sua idade, Mano encontra alento quando conhece um grupo de quatro pingüins latinos que tem outro estilo de vida. Amoroso e sua animadíssima turma propõem ao novo amigo uma incrível aventura: capturar os aliens que estão roubando os peixes do local em que vivem. A partir daí, muitas situações emocionantes desafiam esses audaciosos jovens.

Aula:
A aula será uma grande ‘mesa redonda’, onde os alunos terão a oportunidade de discutir os temas levantados pelo filme.
É importante que haja um mediador, o professor, e um time keeper, um aluno que irá controlar o tempo para que a discussão não se disperse e o foco não seja perdido.

Os dois principais assuntos a serem discutidos são:

Não possuir algo ‘natural’ que faça do ser (humano ou não) parte de um grupo. No filme o pingüim não consegue cantar, pelo contrário, é um excelente dançarino. Cantar é a sua ‘dança do acasalamento’. O fato de possuirmos características diferentes dos demais nos faz menos parte de um determinado grupo?
A falta de peixe causada pela necessidade do homem de querer sempre mais (o homem pescando com máquinas e consumindo mais que o necessário, causando um desequilíbrio natural) e as conseqüências de tal atitude.

Esse tema apresenta uma oportunidade trans e interdisciplinar muito interessante, pois os alunos terão a oportunidade de refletir sobre diversidade (tanto natural quanto cultural), localizar no mapa mundi a região polar antártica onde vivem os pingüins, discutir e estudar sobre sustentabilidade e o impacto das ações do homem no meio ambiente e, finalmente, ter contato com toda essa história através de uma animação computadorizada para o cinema, onde tecnologia e arte se encontram em prol do entretenimento.



Quarta Atividade
Tem água na batata?

Objetivo desta experiência é criar condições para que os alunos:

Ampliem seus conhecimentos sobre a presença de água nos alimentos;

Formulem e comprovem hipóteses sobre a presença na batata crua e no pão;

Iniciem a compreensão de procedimentos científicos para a verificação e o desenvolvimento da atitude investigativa ;

Material

Faca
Sal
Folha de papel-toalha
Prato de plástico
batata

Atividade

Inicialmente vamos fazer uma discussão sobre a existência de água nos alimentos e, em especial, nesse que vamos observar.
Antes de iniciar a experiência seria interessante, mostrar aos alunos que em ciência é importante testar hipóteses, experimentar, criar procedimentos científicos. Não basta dizer eu acho, ou isso é assim e pronto. È preciso ensinar o aluno a justificar seu ponto de vista, explicar por que pensa desse jeito ou do outro.

1º corte uma batata crua ao meio.

2º pressione o papel toalha sobre a batata. É provável que ele fique úmido e isso já será uma comprovação da existência da água.

3º Diga aos alunos que o sal permitirá quanta água ainda existe na batata.

4º Faça uma cavidade no meio da batata e bote o sal nessa cavidade de modo a preenchê-la .

Os alunos perceberão que a cavidade ficará cheia de água e que a batata se torna mais fina e murcha

5º Retomada das perguntas iniciais e confirmação das hipóteses .

Temas relacionados

●a presença da água em alimentos industrializados e in natura.
● cada tipo de alimento possui uma certa quantidade de água.
● a alta porcentagem de água nos alimentos faz com que os alimentos estraguem – água e conservação dos alimentos -. Falar sobre a desidratação de certos alimentos. Como, por exemplo, o leite em pó.
● Porque o sal retira água da batata. Mostrar que esse processo de salga é utilizado para desidratar peixes como o bacalhau (Lembrar que esse processo foi muito importante, por exemplo, para armazenar os alimentos na época das grandes navegações).



Quinta Atividade
O JARDIM DOS SENTIDOS
Material necessário:
- Mudas de temperos e hortaliças - salsa, cebolinha, coentro, alecrim, orégano, pimenta de cheiro, louro, alface e couve.
-Dois grandes baldes para plantar as mudas.
- Regador
- Vendas para os olhos.
Como fazer:
Propor esta atividade à turma, estabelecendo um contrato pedagógico com as regras de quem, como, quando e por que cuidar do jardim;
Criar um pequeno relatório acompanhamento, semanal, onde serão registradas as mudanças/alterações e outras observações pertinentes àquela semana.
Quando as mudas tiverem maiores, transportá-las para os baldes.
Atividades:
Além das atividades descritas acima, executar as seguintes atividades:
1. Um dia, ao regar as hotaliças e temperos, vendar os alunos, pedindo que prestem atenção ao som da água caindo nas plantas. Discutir essa atividade com as crianças e estabelecer relações com a água e a vida;
2. Em um outro dia, voltar a vendar as crianças e deixar – sob orientação – que sintam, através do toque as diferenças entre cada espécie plantada. Discutir essa atividade com as crianças, dando importância ao toque e sobre a diversidade de texturas;
3. Numa terceira atividade, novamente com os olhos vendadas, pedir para que a crianças cheirem as hortaliças/temperos. Discutir essa atividade, reforçando o conceito de diversidade,
4. O professor, exercitando o sentido da visão, pode fazer com que as crianças observem o jardim e depois façam um desenho dele para ficar registrado.
5. Por fim, se houver oportunidade, criar receitas que levem os ingredientes plantados, realçando as diferenças de sabor e utilização.
Atividades complementares e transdiciplinares: Pedir que eles identifiquem em suas casas algum desse tempero. Na parte de geografia, pode-se pedir uma pequena pesquisa sobre que produtos são produzidos na sua cidade. Na história, contar que a busca por especiarias ajudou a impulsionar as grandes navegações. Na matemática, quantificar quantas espécies diferentes foram plantadas em cada balde. Na diversidade cultural, identificar de onde vieram esses temperos e como são usados nas diversas regiões do Brasil e do Mundo. No português, identificar o qual o tempero/cheiro que eles conhecem no poema abaixo:


RIA, ROSA, RIA
(Manuel Bandeira)


A Guimarães Rosa



Acaba a Alegria


Dizendo-nos: - Ria!


Velha companheira,


Boa conselheira!


Por isso me rio


De mim para mim.


Rio, rio, rio!


E digo-lhes: - Ria,


Rosa, noite e dia!


No calor, no frio,


Ria, ria! Ria,


Como lhe aconselha


Essa doce velha


Cheirando a alecrim,


A alegre Alegria!





Além disso, existe toda uma temática ambiental e social que podem ser trabalhadas, tais como: saber cuidar, saber dividir, agricultura orgânica, a importância da água, fome e ética.

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